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DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO E FIDELIDADE MINISTERIAL
Considerando
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A profusão de igrejas e denominações evangélicas no país;
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O crescimento do número de ordenações pastorais, sem uniformidade e conhecimento dos critérios adotados, e conseqüente aumento do número de pastores;
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A divulgação de aspectos e procedimentos negativos de muitos líderes de expressão nacional e internacional;
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A comum ocorrência de escândalos de ordem moral com pastores e líderes;
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O reconhecido fosso atual entre pregação e testemunho pessoal, de forma mais ou menos generalizada, no meio evangélico;
Considerando também
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As responsabilidades de cada ministro para com Deus, diante do seu chamamento vocacional;
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As implicações fundamentais do ministro em viver compativelmente à sua pregação do Evangelho;
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As dificuldades de estruturar uma uniformidade no meio cristão;
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As tendências de cada pastor ou comunidade de avaliar o contexto circunvizinho e expressar seu descontentamento ou frontal oposição a outros pastores e trabalhos cristãos;
E finalmente considerando também
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A necessidade de estabelecer um mínimo de consenso ético comportamental;
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A urgência em iniciar algum caminho que viabilize a expressão da Unidade na Igreja Local;
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A necessidade de coesão e respaldo mútuo entre os ministros cristãos;
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A urgência em restaurar a credibilidade de todo o conjunto de ministros cristãos na cidade;
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A necessidade de um fundamento de compromisso para viabilizar o crescimento qualitativo das lideranças responsáveis pela Igreja em Feira de Santana,
os ministros abaixo assinados assumem um compromisso espiritual, perante Deus e entre si, que, devido justamente ao exposto acima, expressar-se-á nos termos abaixo descritos:
1) Compromisso ético
a. Considerando que os ministros da cidade são efetivamente os ministros do rebanho como um todo, e que cada ovelha não é propriedade de alguém em particular.
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Não falar mal publicamente de pastor algum – ser radical com a malediscência, nem que a título de “defesa da fé”;
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Não falar de um colega ministro sem que o mesmo tenha sido consultado de modo a confirmar os fatos em questão – enfatiza-se aqui a presunção de inocência;
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Não tolerar – rebater e rechaçar taxativamente – qualquer crítica de membro a qualquer colega ministro;
2) Compromisso de oração
a. Orar em todas as reuniões coletivas
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pela cidade e suas autoridades;
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pelos demais ministros de todas as linhas cristãs;
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especificamente pela Unidade da Igreja;
3) Compromisso de santidade e testemunhoa. Em que pese as dificuldades de encontrar pessoas que estejam atuando como mentores ou discipuladores de pastores, para casos de necessidade de confissão e tratamento, firma-se compromisso de
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não manter nenhuma conduta pecaminosa em oculto, sem confissão;
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honrar sempre a palavra dada, especialmente para com os não-cristãos;
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não faltar a compromissos sem prévia comunicação;
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dar satisfação às pessoas envolvidas em situações de débitos, expectativas em cima de palavra dada ou similares em que configure alguma espécie de dívida;
4) Compromisso de submissão mútua
a. Todos os pastores compreendem a verdade teológica de que nenhum ministro individual é maior ou superior à Igreja Local, que congrega cada dos ministros e todo o rebanho de Deus;
b. Cada ministro considera seu compromisso com seus colegas igualmente ministros um ato de reconhecimento da autoridade de Deus na cidade, mediante o corpo de ministros em geral, e portanto deve contas a este corpo de ministros (não sendo aqui essencial dizer como identificar este corpo ministerial local);
c. Em face dessas premissas eclesiológicas, cada ministro reconhece a submissão mútua, descrita em 1Cor 16.16, Ef 5.21, Heb 13.17, 1Pe 5.5 e Rom 13.1, como premissa para sua condição pessoal de ovelha-ministro;
d. Cada ministro buscará estar em constante e renovado relacionamento com seu colega de compromisso, de modo pessoal ou em momentos específicos para isto;
e. Em face a esses reconhecimentos, o ministro assume o compromisso da confissão mútua, descrita em Tg 5.16;
f. Toda e qualquer confissão obviamente não poderá ser objeto de comentário de qualquer espécie fora do momento em que for feita, nem mesmo em comentários posteriores. O momento de confissão é restrito ao momento em que ocorrer.
g. Todo o tratamento de alguma debilidade, fraqueza ou pecado será baseado nas premissas de reconhecimento, respeito, honra e consideração mútuos, nos quais se baseiam toda a seriedade do presente documento.
Ressalte-se aqui toda uma convicção, seriedade e preocupação pessoal de cada ministro com a Igreja do Senhor. Sem estes aspectos pessoais não poderiam assinar qualquer compromisso desse nível, uma vez que não teria nenhum valor efetivo para efetiva edificação da Igreja Local.
Qualquer atividade ou atuação que esteja fora deste Termo de Compromisso será alvo e fruto de contato e interesse pessoais, tão somente. Este Termo é específico para pautar posturas básicas e construtivas para a liderança em geral.
Levando-se em conta a seriedade ministerial de cada um dos que abaixo assinam o presente documento, declaramos estar decidindo obedecer o texto de Paulo de Ef 4.13, que nos recomenda a procurar “preservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. Procurando definir uma base de procedimentos e posturas ministeriais, todos entendemos estar, em sinceridade e fidelidade a Deus, construindo de algum modo um caminho sério e Oxalá definitivo para o desfrute da Unidade na Igreja Local.